Desde há uns tempos a esta parte que todos os intervenientes neste desporto chamado " COLUMBOFILIA", se deparam com uma assustadora diminuição nos seus praticantes.
Todos nós sabemos que a vida está difícil para todos os portugueses, fruto, na sua maioria , da falta de agentes políticos sérios e que, verdadeiramente, se preocupem com o bem estar dos cidadãos que se propuseram dirigir.
Cada interveniente no nosso desporto sabe, com clareza, quanto custa sustentar uma colónia de pombos, com todas as despesas que a ela digam respeito.
Esta será, porventura, a razão principal do abandono da modalidade com todas as consequências daí resultantes.
Entretanto, julgo ser extremamente pertinente chamar a atenção dos gestores das estâncias superiores da columbofilia no sentido de verificarem no erro instalado desde sempre e que está a travar e ao mesmo tempo a desmotivar quem quer que seja para continuar ou vir para a columbofilia.
Como é sabido, para praticar qualquer actividade desportiva, é necessário a existência de infraestruturas: Estádios para prática de futebol, pavilhões para ginástica, andebol, basquetebol, judo etc., piscinas para natação e outros desportos, enfim uma série de locais sem os quais nenhuma actividade será possível ser praticada.
A Columbofilia, apesar de ser uma actividade "sui generis", não foge á regra e também necessita de locais próprios sem os quais é totalmente impossível a sua prática: São eles - POMBAIS.
Neste momento, 80% dos pombais portugueses estão ilegalmente construídos, á revelia das respectivas Câmaras Municipais e se porventura os seus proprietários tivessem a iniciativa em legalizá-los, uma boa percentagem, para não dizer a quase totalidade, seria inviabilizado.
De acordo com uma das regras, da qual tomei conhecimento recentemente, as autarquias proíbem a construção de anexos com mais que um andar.
Sabendo todos nós quanto é indispensável, na maioria dos casos, ter um pombal em local altaneiro para melhores entradas dos pombos, fácil será concluir que são esses os locais escolhidos pelos columbófilos para localização dos pombais, ou seja, a sua construção nesses locais, é necessariamente clandestina e passível de constantes conflitos que acabam, na sua maioria na demolição compulsiva do pombal.
Muito mais útil do que um dirigente columbófilo vir nos "suplicar" que arranjemos mais um praticante para a modalidade, seria, de imediato, haver protocolos sérios com as cãmaras municipais, no sentido de alterarem as suas regras, no que diz respeito à edificação de pombais, por forma a que toda a gente interessada deixasse de sentir medo em ser columbófilo e passasse a poder praticar um desporto que há muito é considerado clandestino.
Mário Carlos Areosa
Mário Carlos Areosa
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